Caros Colegas e Comunidade Escolar
Esta semana refletiremos sobre a importância do planejamento e utilizaremos o texto abaixo organizado pela professora Rosângela Menta Melho .
Que seja um proveitoso para todos nós
Atenciosamente, Rosemary Calazans Lopes - Pedagoga Vespertino.
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
PLANEJAMENTO ESCOLAR
O planejamento
escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades
didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos
propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.
O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas
é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação
2 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESCOLAR
O trabalho docente é
uma atividade consciente e sistemática, em cujo centro está a aprendizagem ou o
estudo dos alunos sob a direção do professor.
O planejamento é um
processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente,
articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. A escola, os professores e os alunos são
integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio
escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que
caracterizam a sociedade de classes. Isso significa que os elementos do
planejamento escolar – objetivos, conteúdos, métodos – estão recheados de
implicações sociais, têm um significado genuinamente político. Por essa razão,
o planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se
não pensarmos detidamente sobre o ruma que devemos dar ano nosso trabalho,
ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na
sociedade. A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações
docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência
permanente situações didáticas concretas (isto é, a problemática social,
econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos,
os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino).
O planejamento escolar tem, assim, as seguintes funções:
·
Explicitar
princípios, diretrizes e procedimentos de trabalho docente que assegurem a
articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do
processo de participação democrática.
·
Expressar
os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e
profissional, as ações efetivas que o professor irá realizar em sala de aula,
através de objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino.
·
Assegurar
a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que a
previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino
de qualidade e evite a improvisação e rotina.
·
Prever
objetivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências
propostas pela realidade social, do nível de preparo e das condições
sócio-culturais e individuais dos alunos.
·
Assegurar
a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível
inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os
objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a
avaliação, que está intimamente relacionada aos demais.
·
Atualizar
o conteúdo do plano sempre que é revisto, aperfeiçoando-o em relação aos
progressos feitos no campo de conhecimentos, adequando-os às condições de
aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de ensino que vão
sendo incorporados na experiência cotidiana.
·
Facilitar
a preparação das aulas: selecionar o material didático em tempo hábil, saber
que tarefas professor e alunos devem executar, replanejar o trabalho frente a
novas situações que aparecem no decorrer das aulas.
Para que os planos sejam efetivamente
instrumentos para a ação, devem ser como um guia de orientação de devem
apresentar ordem seqüencial, objetividade, coerência, flexibilidade.
3 ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
3.1 Conhecimento da
realidade:
Para
poder planejar adequadamente a tarefa de ensino e atender às necessidades do
aluno é preciso, antes de qualquer coisa, saber para quem se vai planejar. Por
isso, conhecer o aluno e seu ambiente é a primeira etapa do processo de
planejamento. É preciso saber quais as aspirações, frustrações, necessidades e
possibilidades dos alunos. Fazendo isso, estaremos fazendo uma Sondagem, isto
é, buscando dados.
Uma vez realizada a sondagem,
deve-se estudar cuidadosamente os dados coletados. A conclusão a que chegamos,
após o estudo dos dados coletados, constitui o Diagnóstico.
Sem a sondagem e o diagnóstico corre-se
o risco de propor o que é impossível alcançar ou o que não interessa ou, ainda,
o que já foi alcançado.
3.2 Requisitos
para o planejamento
·
Objetivos
e tarefas da escola democrática: estão ligados às necessidades de desenvolvimento
cultural do povo, de modo a preparar as crianças e jovens para a vida e para o
trabalho.
·
Exigências
dos planos e programas oficiais: são as diretrizes gerais, são documentos de
referência, a partir dos quais são elaborados os planos didáticos específicos.
·
Condições
prévias para a aprendizagem: está condicionado pelo nível de preparo em que os
alunos se encontram em relação ás tarefas de aprendizagem
3.3 Elaboração do plano:
A partir dos dados fornecidos pela
sondagem e interpretados pelo diagnóstico, temos condições de estabelecer o que
é possível alcançarem o que julgamos possíveis e como avaliar os resultados.
Por isso, passamos a elaborar o plano através dos seguintes passos:
·
Determinação
dos objetivos.
·
Seleção
e organização dos conteúdos.
·
Análise
da metodologia de ensino e dos procedimentos adequados.
·
Seleção
de recursos tecnológicos.
·
Organização
das formas de avaliação.
·
Estruturação
do plano de ensino.
3.4 Execução do
plano:
Ao
elaborarmos o plano de ensino, antecipamos, de forma organizada, todas as
etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no desenvolvimento das
atividades previstas.
Na
execução, sempre haverá o elemento não plenamente previsto. Às vezes, a reação
dos alunos ou as circunstâncias do ambiente dispensa o planejamento, pois, uma
das características de um bom planejamento deve ser a flexibilidade.
3.5 Avaliação e aperfeiçoamento do plano:
Ao término da execução do que foi
planejado, passamos a avaliar o próprio plano com vistas ao replanejamento.
Nessa etapa, a avaliação adquire um
sentido diferente da avaliação do ensino-aprendizagem e um significado mais
amplo. Isso porque, além de avaliar os resultados do ensino-aprendizagem,
procuramos avaliar a qualidade do nosso plano, a nossa eficiência como
professor e a eficiência do sistema escolar.
4 O PLANO DA
ESCOLA
O plano da escola é o plano pedagógico
e administrativo da unidade, onde se explicita a concepção pedagógica do corpo
docente, as bases teórico-metodológicas da organização didática, a
contextualização social, econômica, política e cultural da escola, a
caracterização da clientela escolar, os objetivos educacionais gerais, a
estrutura curricular, diretrizes metodológicas gerais, o sistema de avaliação
do plano, a estrutura organizacional e administrativa.
O plano da escola é um guia de
orientação para o planejamento do processo de ensino. Os professores precisam
ter em mãos esse plano abrangente, não só para uma orientação do seu trabalho,
mas para garantir a unidade teórico-metodológica das atividades escolares.
4.1 Roteiro para
elaboração do plano da escola:
·
Posicionamento
sobre as finalidades da educação escolar na sociedade e na nossa escola
·
Bases
teórico-metodológicas da organização didática e administrativa: tipo de homem
que queremos formar, tarefas da educação, o significado pedagógico-didático do
trabalho docente, relações entre o ensino e o desenvolvimento das capacidades
intelectuais dos alunos, o sistema de organização e administração da escola.
·
Caracterização
econômica, social, política e cultural do contexto em que está inserida a nossa
escola.
·
Características
sócio-culturais dos alunos
·
Objetivos
educacionais gerais da escola
·
Diretrizes
gerais para elaboração do plano de ensino da escola: sistema de matérias –
estrutura curricular; critérios de seleção de objetivos e conteúdos; diretrizes
metodológicas gerais e formas de organização do ensino e sistemática de
avaliação.
·
Diretrizes
quanto à organização e a à administração: estrutura organizacional da escola;
atividades coletivas do corpo docente; calendário e horário escolar; sistema de
organização de classes, de acompanhamento e aconselhamento de alunos, de
trabalho com os pais; atividades extra-classe; sistema de aperfeiçoamento
profissional do pessoal docente e administrativo e normas gerais de
funcionamento da vida coletiva.
5 COMPONENTES BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE ENSINO
O plano de ensino é um roteiro organizado
das unidades didáticas para um ano ou semestre. É denominado também de plano de
curso, plano anual, plano de unidades didáticas e contém os seguintes
componentes: ementa da disciplina, justificativa da disciplina em relação ao
objetivos gerais da escola e do curso; objetivos gerais; objetivos específicos,
conteúdo (com a divisão temática de cada unidade); tempo provável (número de aulas
do período de abrangência do plano); desenvolvimento metodológico (métodos e
técnicas pedagógicas específicas da disciplina); recursos tecnológicos; formas
de avaliação e referencial teórico (livros, documentos, sites, etc)
5.1 Exemplo:
COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN
ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.4198
84.261-400 – Telêmaco Borba - Paraná
PROGRAMA
ANUAL
CURSO:
DISCIPLINA: PROFESSORA:
TURNO: CARGA HORÁRIA: horas/aula
SÉRIE: TURMA: ANO:
1. EMENTA
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4.1. 1º Bimestre
4.2. 2º Bimestre
4.3. 3º Bimestre
4.4. 4º Bimestre
5. METODOLOGIA DE ENSINO
6. RECURSOS TECNOLÓGICOS (DIDÁTICOS)
7. AVALIAÇÃO
8. REFERENCIAL TEÓRICO
9. INDICAÇÃO DE LEITURAS PARA ALUNOS
5.2 Ementa:
É uma
descrição discursiva que resume o conteúdo conceitual ou conceitual/procedimental
de uma disciplina.
5.3
Justificativa:
A
justificativa deverá responder a três questões básicas do processo didático: o
por quê?, o para quê e o como.
5.4 Objetivos:
É a descrição clara do que se pretende
alcançar como resultado da nossa atividade. Os objetivos nascem da própria
situação: da comunidade, da família, da escola, da disciplina, do professor e
principalmente do aluno. Os objetivos, portanto, são sempre do aluno e para o
aluno.
Os
objetivos educacionais ou gerais são as metas e os valores mais amplos que a
escola procura atingir a longo prazo, e os objetivos instrucionais, também
chamados de específicos, são proposições mais específicas referentes às mudanças
comportamentais esperadas para um determinado grupo-classe.
Para manter a coerência interna
do trabalho de uma escola, o primeiro cuidado será o de selecionar os objetivos
específicos que tenham correspondência com os objetivos gerais das áreas de estudo
que, por sua vez, devem estar coerentes com os objetivos educacionais do
planejamento de currículo. E os objetivos educacionais, conseqüentemente, devem
estar coerentes com a linha de pensamento da entidade à qual o plano se
destina. Vejamos, agora, alguns exemplos
de objetivos educacionais (gerais) e instrucionais (específicos):
Assinale se é Geral (G) ou
Específico (E):
o Criar situações de aprendizagem para
que a criança adquira conhecimentos que facilitem a localização de sua
comunidade e de seu município, possibilitando-lhe a compreensão das
características naturais, culturais, sociais e econômicas do ambiente em que
vive.
o Desenvolver o hábito de observação do
meio ambiente.
o Estimular no aluno o ideal de
consciência grupal.
o Identificar na comunidade os seus
diferentes aspectos naturais, culturais, sociais e econômicos.
o Utilizar os recursos da comunidade como
fonte de informações.
o Relacionar unidades de medida aos tipos
de objetos apresentados no desenho.
o Aplicar os conhecimentos de medida em
várias situações no cotidiano.
o Identificar matéria-prima e produto.
o Destacar os centros comerciais e
industriais.
o Compreender por que os serviços
públicos de atendimento às necessidades da população são direitos do cidadão e
obrigação dos órgãos públicos.
o Desenvolver a criatividade e o espírito
crítico no aluno.
o Reconhecer o mapa do município e a sua
configuração.
o Localizar o país, o Estado e o
município, no mapa-múndi.
Partindo dos conteúdos, fixará os
objetivos específicos, ou seja, os resultados a obter do processo de
transmissão-assimilação ativa dos conhecimentos, conceitos, habilidades.
Na redação, o professor transformará
tópicos das unidades numa proposição (afirmação) que expresse o resultado
esperado e que deve ser atingido por todos os alunos ao término daquela unidade
didática.
Os resultados são conhecimentos
(conceitos, fatos, princípios, teorias, interpretações, idéias organizadas,
etc) e habilidades (o que deve aprender para desenvolver suas capacidades
intelectuais, motoras, afetivas, artísticas, etc.)
Na redação dos objetivos específicos, o
professor pode indicar também as atitudes e convicções em relação à matéria, ao
estudo, ao relacionamento humano, à realidade social (atitude científica,
consciência crítica, responsabilidade, solidariedade, etc.)
Devem ser redigidos com clareza, ser
realistas, corresponder à capacidade de assimilação dos alunos, conforme seu
nível de desenvolvimento mental e sua idade.
5.5 Conteúdo:
Refere-se à organização do conhecimento
em si, com base nas suas próprias regras. Abrange também as experiências
educativas no campo do conhecimento, devidamente selecionadas e organizadas
pela escola.
O conteúdo é um instrumento básico para
poder atingir os objetivos.
Em geral, os guias curriculares
oficiais oferecem uma relação de conteúdos das várias áreas que podem ser
desenvolvidos em cada série. Pode-se selecionar o conteúdo com base nesses
guias. Não devemos esquecer, no entanto, de levar em conta a realidade da
classe.
Outros cuidados que devem ser
observados na seleção dos conteúdos:
·
Devemos
delimitar os conteúdos por unidades didáticas, com a divisão temática de cada
uma. Unidade didática são o conjunto de temas inter-relacionados que compõem o
plano de ensino para uma série ou módulo. Cada unidade didática contém um tema
central do programa, detalhado em tópicos.
·
Conteúdo
selecionado precisa estar relacionado com os objetivos definidos. Devemos
escolher os conhecimentos indispensáveis para que os alunos adquiram os
comportamentos fixados.
·
Um
bom critério de seleção é a escolha feita em torno de conteúdos mais importantes,
mais centrais e mais atuais, com base no programa oficial da matéria, no livro
didático adotado pela instituição.
·
É
importante é o fato de o mestre estar apto a levantar a idéia central do
conhecimento que deseja trabalhar. Para que tal ocorrência se verifique, é
indispensável que o professor conheça em profundidade a natureza do fenômeno
que pretende que seus alunos conheçam.
·
Conteúdo
precisa ir do mais simples para o mais complexo, do mais concreto para o mais abstrato.
Finalmente faça uma última
checagem para verificar:
·
As unidades formam um todo homogêneo e lógico.
·
As unidades realmente contêm o conteúdo básico
essencial.
·
O tempo para desenvolver cada unidade é
realista.
·
Os tópicos de cada unidade possibilitam o
entendimento da idéia central.
·
Os tópicos de cada unidade podem ser
transformados em tarefas de estudo para os alunos e em objetivos e habilidades.
5.6 Desenvolvimento
metodológico ou metodologia de ensino:
Procedimentos de ensino são ações,
processos ou comportamentos planejados pelo professor para colocar o aluno em
contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar
sua conduta, em função dos objetivos previstos (TURRA apud PILETTI, 2003, p. 67).
Indica o que o professor e os alunos
farão no desenrolar de uma aula ou conjunto de aulas.
Sua função é articularem objetivos e
conteúdos com métodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade
mental e prática dos alunos (resolução de situações problemas, trabalhos de elaboração
mental, discussões, resolução de exercícios, aplicação de conhecimentos e
habilidades em situações distintas das trabalhadas em classe, etc.)
O professor, ao organizar as condições
externas favoráveis à aprendizagem, utiliza meio ou modos organizados de ação,
conhecidos como técnicas de ensino. As técnicas de ensino são maneiras
particulares de organizar a atividade dos alunos no processo de aprendizagem.
O desenvolvimento metodológico de
objetivos e conteúdos estabelece a linha que deve ser seguida no ensino
(atividade do professor) e na assimilação (atividade do aluno) da matéria de
ensino.
Ao planejar os procedimentos de ensino,
não é suficiente fazer uma listagem de técnicas que serão utilizadas, como aula
expositiva, trabalho dirigido, excursão, trabalho em grupo, etc. Devemos prever
como utilizar o conteúdo selecionado para atingir os objetivos propostos. As
técnicas estão incluídas nessa descrição. Os procedimentos têm uma abrangência
bem mais ampla, pois envolvem todos os passos do desenvolvimento da atividade
de ensino propriamente dita. Os procedimentos de ensino selecionados pelo
professor devem:
- Ser diversificados;
- Estar coerentes com os objetivos propostos e com o tipo de aprendizagem previsto nos objetivos;
- Adequar-se às necessidades dos alunos;
- Servir de estímulo à participação do aluno no que se refere às descobertas;
- Apresentar desafios.
Exemplos:
- aulas interativas, projetos de aprendizagem, etc.
- ensino individualizado (módulos de ensino, instrução audiotutorial, estudo através de fichas, solução de problemas, etc.),
- métodos didáticos (expositivo, interrogativo, intuitivo, etc.),
- métodos ativos (método Montessori, plano Dalton, o sistema Winnetka, método de projetos, método de trabalho em grupo, etc.),
- Técnicas (discussão circular, debate, painel integrado, phillips 66, mesa-redonda, seminário, etc.)
5.7 Recursos tecnológicos
(didáticos, audiovisuais ou de ensino):
As tecnologias merecem estar presentes
no cotidiano escolar primeiramente porque estão presentes na vida, mas também para:
- Diversificar as formas de produzir e apropriar-se do conhecimento.
- Serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao conhecimento, já que trazem embutidas em si mensagens e um papel social importante.
- Permitir ao alunos, através da utilização da diversidade de meios, familiarizarem-se com a gama de tecnologias existentes na sociedade.
- Serem desmistificadas e democratizadas.
- Dinamizar o trabalho pedagógico.
- Desenvolver a leitura crítica.
- Ser parte integrante do processo que permite a expressão e troca dos diferentes saberes.
Exemplos: álbum seriado,
cartão-relâmpago, cartaz, ensino por fichas, estudo dirigido, flanelógrafo,
gráficos, história em quadrinhos, ilustrações, jogos, jornal, livro didático,
mapas, globos, modelos, mural, peça teatral, quadro-de-giz, quadro de pregas,
sucata, textos, terrário, aquário, maquetes, equipamentos esportivos,
computador, vídeo, dvd, cd, internet, sites, correio eletrônico, softwares,
rádio, slide, TV, transparências para retroprojetor, etc.
5.8 Avaliação:
Avaliação
é o processo pelo qual se determina o grau e a quantidade de resultados
alcançados em relação aos objetivos, considerando o contexto das condições em
que o trabalho foi desenvolvido.
No
planejamento da avaliação é importante considerar a necessidade de:
·
Avaliar
continuamente o desenvolvimento do aluno.
·
Selecionar
situações de avaliação diversificadas, coerentes com os objetivos propostos.
·
Selecionar
e/ou montar instrumentos de avaliação.
·
Registrar
os dados da avaliação.
·
Aplicar
critérios aos dados da avaliação.
·
Interpretar
resultados da avaliação.
·
Comparar
os resultados com os critérios estabelecidos (feed-back).
·
Utilizar
dados da avaliação no planejamento.
O
feedback deve ser encarado como
retroinformação para o professor sobre o andamento de sua atuação. Dessa forma,
a avaliação desloca-se do plano da competição entre professor e aluno, para
significar a medida real do conhecimento, tornando-se assim menos arbitrária.
6 plano bimestral:
O
planejamento do bimestre pode conter uma unidade didática ou mais. É uma
especificação maior do plano de curso. Uma unidade de ensino é formada de
assuntos inter-relacionados. O planejamento bimestral das unidades didáticas também
inclui objetivos, conteúdos, etc. Em princípio, deve ser planejado ao final do
bimestre, ou período que o antecede, pois esta lhe servirá de base ou apoio.
Isto significa que os bimestres ou unidades serão planejadas ou replanejadas ao
longo do curso.
6.1 Exemplo:
COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN
ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
Av. Presidente Kennedy, 515 – Centro – Fone: (42) 3273.4198
84.261-400 – Telêmaco Borba - Paraná
PROGRAMA 1º BIMESTRE
CURSO:
DISCIPLINA: PROFESSORA:
TURNO: CARGA HORÁRIA: horas/aula
SÉRIE: TURMA: ANO:
OBJETIVOS
|
PROGRAMA
|
|||
CONTEÚDOS
|
Nº AULAS
|
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
|
AVALIAÇÃO
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
RECURSOS
TECNOLÓGICOS
|
REFERENCIAL TEÓRICO
|
INDICAÇÃO DE
LEITURA COMPLEMENTAR
|
Telêmaco Borba, __/__/____.
Professora ______________________
7 Planejamento de aula:
A
aula é a forma predominante de organização didática do processo de ensino. É na
aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as condições e
meios necessários para que os alunos assimilem ativamente conhecimentos,
habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas.
O
plano de aula é o detalhamento do plano de ensino. As unidades didáticas e
subunidades (tópicos) que foram previstas em linhas gerais são agora
especificadas e sistematizadas para uma situação didática real. A preparação da
aula é uma tarefa indispensável e, assim como o plano de ensino, deve resultar
num documento escrito que servirá não só para orientar as ações do professor
como também para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para
ano. Em todas as profissões o aprimoramento profissional depende da acumulação
de experiências conjugando a prática e a reflexão criteriosa sobre a ação e na
ação, tendo em vista uma prática constantemente transformadora para melhor.
Na elaboração do plano de aula, deve-se
levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula é um período de tempo
variável. Dificilmente completamos numa só aula o desenvolvimento de uma
unidade didática ou tópico de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem
se compõe de uma seqüência articulada de fases:
- Preparação e apresentação dos objetivos, conteúdos e tarefas.
- Desenvolvimento da matéria nova.
- Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização).
- Síntese integradora e aplicação.
- Avaliação.
Isto significa que não devemos preparar
uma aula, mas um conjunto de aulas.
7.1 Como elaborar
um plano de aula?
O primeiro passo é indicar o tema central da aula. Exemplo:
matéria-prima e produto.
A seguir devem-se estabelecer os objetivos da aula.
Exemplo: Ao final das atividades
propostas o aluno será capaz de:
- Identificar matéria-prima e produto
- Compreender os processos de transformação de matéria-prima em produto, relacionando com as questões ambientais.
- Destacar as principais indústrias de seu município e a origem das matérias primas.
- Listar produtos transformados de matéria-prima, utilizados no seu cotidiano.
Em terceiro lugar indica-se o conteúdo que será objeto de estudo.
Exemplo:
- Matéria-prima.
- Produto.
- Matéria-prima e sua procedência.
- As indústrias do município.
Em
quarto lugar estabelecem-se os
procedimentos e recursos de ensino, isto é, estabelecem-se as formas de
utilizar o conteúdo selecionado para atingir os objetivos propostos.
Nesse
caso, por exemplo, para o aluno identificar matéria-prima, produto e processos
de transformação, pode-se programar com eles uma excursão a uma indústria.
Assim, o professor pode planejar uma excursão como ponto de referência para ele
próprio, mas não deve dar o planejamento pronto aos alunos. Proceder a
orientações quanto a conceitos básicos que os alunos devem dominar antes da
visita. Deverá, sim, estimula-los para que, com seu auxílio, planejem a
excursão. Para isso procurará levantar com seus alunos as questões mais
interessantes e sobre as quais gostaria de obter respostas, como, por exemplo:
- Nome da fábrica.
- Endereço da fábrica. (área industrial, urbana...)
- Número de operários da fábrica.
- Diferentes tipos de funções dentro da fábrica.
- Salários.
- Matéria-prima e sua procedência.
- Produtos fabricados.
- Utilidade dos produtos.
- Qualificação profissional das pessoas que trabalham na fábrica.
- Como a fábrica faz a preservação ambiental.
- Existem programas de qualidade de vida para os operários e programa sociais.
Em
quinto lugar, no dia seguinte
ao da visita, deve-se fazer uma síntese integradora das informações colhidas
pelos alunos. Além disso, outras atividades complementares poderão ser
desenvolvidas. Assim, aproveitando a experiência adquirida com a excursão, cada
aluno poderá individualmente entrevistar uma pessoa que trabalha em alguma
fábrica e obter dela as seguintes informações:
- Em que fábrica esta pessoa trabalha.
- Qual a função que desempenha e sua formação escolar.
- Número de operários que trabalham na fábrica.
- Que a fábrica produz.
- Material usado na fabricação dos produtos.
- Como a empresa preserva o meio ambiente.
Ao
retornarem das entrevistas o professor deve proporcionar um espaço para troca
de idéias, onde cada aluno expõe o achou interessante em sua entrevista,
estabelecendo um paralelo com os relatos dos colegas, onde o professor fará a
mediação do processo de discussão.
Em
sexto lugar, o professor
proporciona a consolidação com atividades variadas, que pode ser realizada no
decorrer do processo e não apenas em um momento específico.
Outra
atividade que pode ser desenvolvida consiste em investigar que matéria-prima é
utilizada na fabricação de uma série de objetos usados pelo próprio aluno, como
sapatos, lápis, bola, caderno, livro, etc.
Finalmente, o planejamento da aula deve prever como será feita a avaliação.
No exemplo que estamos considerando, não
podemos propor apenas questões do tipo:
- Que é produto?
- Que é matéria-prima?
- Que é indústria?
Procedendo
dessa maneira, estamos avaliando apenas se o aluno memorizou essas definições.
Precisamos, nesse caso, propor situações de avaliação que possibilitem
verificar se o aluno realmente é capaz de identificar o produto e matéria-prima
em situações novas. Poderíamos, por exemplo, propor as seguintes situações de
avaliação:
- Solicitar que os alunos recortem de jornais e revistas nomes e figuras de matérias-primas para que o aluno indique os produtos que podem ser fabricados a partir delas.
- Dar uma relação de produtos conhecidos do aluno para que ele indique a matéria-prima da qual é feito cada um deles, podendo montar jogos da memória a partir da seleção.
- Aplicar ao aluno uma série de com questões variadas, para que ele assinale as proposições que correspondam ao conceito de produto e/ou matéria-prima.
- Apresentar um texto para que o aluno o interprete e indique o que é produto e/ou matéria-prima.
7.2 Vamos revisar
o nosso planejamento:
- Releia os objetivos gerais da matéria.
- Verifique a seqüência no plano de ensino.
- Observe se os alunos estão preparados para o estudo deste conteúdo novo.
- O desdobramento do tópico da unidade possui uma seqüência lógica.
- Os objetivos específicos estão de acordo com a proposta do plano anual, bimestral...
- A idéia central do tópico está clara no conteúdo programado.
- O número de aulas é suficiente para o tema proposto.
- O desenvolvimento metodológico e interessante e estimula a participação ativa do aluno e prevê:
o
Preparação
e introdução do assunto.
o
Desenvolvimento
e estudo ativo do assunto.
o
Sistematização
e aplicação.
o
Tarefas
de casa.
- Foi previsto a avaliação diagnóstica, formativa e somativa, isto é, no início, durante e no final das atividades.
Sabemos
que o êxito dos alunos não depende unicamente do professor e de seu método de
trabalho, pois a situação docente envolve muitos fatores de natureza social,
psicológica, o clima geral da dinâmica da escola, etc. Entretanto o trabalho
docente tem um peso significativo ao proporcionar condições efetivas para o
êxito escolar dos alunos.
Ao fazer
a avaliação das aulas, convém ainda levantar questões como estas:
- Os objetivos e conteúdos foram adequados à turma?
- O tempo de duração da aula foi adequado?
- Os métodos e técnicas de ensino foram variados e oportunos para suscitar atividade mental e prática dos alunos?
- Foram feitas avaliações da aprendizagens dos alunos no decorrer das aulas (formais e informais)?
- O relacionamento professor-aluno foi satisfatório?
- Houve uma organização segura das atividades, de modo a ter garantido um clima de trabalho favorável?
- Foram propiciadas tarefas de estudo ativo e independente dos alunos?
- Os alunos realmente consolidaram a aprendizagem da matéria, num grau suficiente para introduzir matéria nova?
Anotações:
|
|
|
|
7.3
Modelos de plano de aula:
7.3.1 – Modelo de
Nelson Piletti:
Tema central:
Objetivos:
Conteúdo:
|
||
Procedimentos de ensino
|
Recursos
|
Procedimentos de avaliação
|
|
|
|
7.3.2 Modelo de
José Carlos Libâneo (Pedagogia crítico-social dos conteúdos):
Escola:
Disciplina: Data:
Série: Professor:
|
|||
Unidade didática:
|
|||
Objetivos Específicos
|
Conteúdos
|
Nº aulas
|
Desenvolvimento Metodológico
|
|
|
|
Preparação:
Introdução do assunto:
Desenvolvimento e estudo ativo do
assunto:
Sistematização e aplicação:
Tarefas para casa:
|
Avaliação:
|
|||
Referencial teórico:
|
7.3.3 Modelo de
Imídeo Nérice (tecnicista):
1 Cabeçalho
2 Objetivos
3 Motivação
4 Desenvolvimento da aula
- Revisão da aula anterior e articulação com a experiência passada do aluno.
- Assunto novo.
- Síntese ou resumo
5 Procedimentos didáticos:
- Técnicas de ensino a empregar
- Material didático a ser usado
- Atividades previstas para os alunos
- Fixação, integração e avaliação
- Tarefas
6 Notas complementares:
- Enriquecimento do vocabulário
- Questão proposta para reflexão
- Assunto provável da próxima aula
- Bibliografia
7 Crítica da aula
- O que não foi realizado?
- Por quê?
- Que deve passar para a aula seguinte e o que deve ser reelaborado?
- Como melhorar a aula?
- Observações e ocorrência durante a aula.
7.3.4 Modelo
simplificado:
Identificação:
Local: Disciplina:
Tema: Série: Turma:
Data: Duração:
|
Objetivos:
|
Esquema do conteúdo:
|
Descrição do desenvolvimento
metodológico
|
Introdução ao assunto:
|
Desenvolvimento do conteúdo:
|
Síntese Integradora:
|
Recursos Humanos, Pedagógicos e
Físicos:
Avaliação da aprendizagem:
Referencial Teórico:
7.3.5 Plano de aula de Celso
Vasconcelos:
- Assunto: indicação temática a ser trabalhada.
- Necessidade: explicitação das necessidades percebidas no grupo e que justificam a proposta de ensino.
- Objetivo
- Conteúdo
- Metodologia: explicitação dos procedimentos de ensino, técnicas, estratégias, a serem utilizadas no desenvolvimento do assunto.
- Tempo
- Recursos
- Avaliação
- Tarefa: suas funções básicas são o aprofundamento e síntese do que está sendo visto em classe, assim como, ajudar o aluno a ter representações mentais prévias disponíveis correlatas ao assunto a ser tratado nas aulas seguintes.
- Observações: suas anotações, reflexões e avaliação sobre a caminhada, tornando a aula um instrumento de pesquisa sobre a prática. É preciso resgatar o hábito de escrever sobre a prática (Diário de bordo), tendo em vista a possibilidade de uma reflexão mais sistemática.
7.
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